quarta-feira, 27 de junho de 2012

Ato unificado das universidades federais em greve

Nesta quinta-feira, docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes das Instituições Federais em greve se juntarão a outros setores do funcionalismo público em manifestação que critica as opções do Orçamento do governo federal. A concentração está marcada para 14 horas, na Candelária, e de lá sairemos em passeata até a sede do Banco Central. O ato faz parte da mobilização nacional conjunta entre ANDES-SN, Sinasefe e Fasubra. Para saber mais clique aqui

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Apoio à Creche UFF

Temos recebido inúmeras mensagens de colegas de diferentes instituições apoiando as nossas reivindicações.  As palavras de reconhecimento da qualidade do trabalho realizado nesses 15 anos de existência da Creche UFF e de solidarização à nossa mobilização fortalecem a nossa luta. Transcrevemos abaixo a mensagem da Profa. Dra. Silvia H. V. Cruz, da Universidade Federal do Ceará. Para ver outras mensagens, clique aqui

Caros colegas,
como professora de disciplinas de Educação Infantil nos cursos de graduação e pós-graduação na Faculdade de Educação da UFC, pesquisadora e militante desta área há bastante tempo, venho juntar-me aos demais companheiros que apoiam as reivindicações da Creche mantida pela Universidade Federal Fluminense, uma unidade universitária com identidade acadêmica que, apesar das dificuldades que enfrenta, vem atendendo aos compromissos de ensino, pesquisa e extensão.
Considero que, além do oferecimento de educação infantil para as crianças que a frequentam, o bom funcionamento da Creche da UFF é muito importante para a formação em Educação Infantil de estudantes e profissionais de diversas áreas daquela universidade. Portanto, considero justa e necessária a pauta de reivindicações apresentadas por vocês, profissionais da Creche da UFF, a qual tem por objetivo melhores condições para garantir a qualidade de seu trabalho.
Espero que a mobilização e a unidade de vocês resultem em conquistas significativas, pois tanto a as crianças e suas famílias têm direito a uma educação de qualidade e realmente gratuita, como a formação e a pesquisa são especialmente necessárias nesta área que ainda precisa enfrentar grandes desafios para consolidar a sua identidade e cada vez mais poder contribuir para as aprendizagens, o desenvolvimento e o bem estar das crianças nas instituições educativas que elas frequentam.
Um forte abraço,
      Silvia H. V. Cruz




quinta-feira, 21 de junho de 2012

Creche UFF no Ato em Defesa da Educação e Saúde Públicas

No dia 20/06, a Creche UFF esteve presente no ato em defesa da educação e saúde públicas no Rio de Janeiro. Docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes das instituições de educação em greve e diversos movimentos sociais realizaram uma concentração em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e depois se incorporaram à Grande Marcha dos Povos contra a mercantilização da vida. Nossa participação no ato ajudou a dar visibilidade às nossas reivindicações e à nossa luta pela continuidade da Creche UFF.





Mapa das universidades federais em greve

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O momento da Creche UFF

A Creche UFF, unidade federal de educação infantil vinculada à Universidade Federal Fluminense, atende em torno de 60 crianças filhas de funcionários, alunos e professores da universidade, vai completar 15 anos em outubro de 2012. Durante todos esses anos temos lutado para institucionalizar a Creche UFF e para consolidar uma proposta de educação infantil com base no tripé que sustenta a missão da universidade pública: o ensino, a pesquisa e a extensão. Mas, até hoje, não contamos com um quadro de professores concursados ...

A precariedade das condições de funcionamento levou a Creche UFF a aderir à greve da UFF e mais de 50 IFES – Instituições Federais de Ensino Superior, com uma pauta própria de reivindicações:concurso público para professor da carreira do Ensino  Básico Técnico Tecnológico e independência financeira.

Se não ocorreram mudanças imediatas, infelizmente, seremos obrigados a interromper nosso trabalho.

Veja o documento que apresenta a posição da Creche UFF.

Greve dos professores de faculdades federais complica calendário de aulas


No próximo dia 17 a paralisação completa um mês e próximo semestre letivo pode ficar comprometido caso a situação não seja resolvida. Mais de 50 instituições aderiram

No próximo domingo, dia 17, a greve dos professores das universidades federais completará um mês. A paralisação, que conta com a adesão de 51 instituições, afeta a rotina dos estudantes que aguardam as negociações entre a categoria e o Governo Federal para que o semestre letivo possa ser retomado e concluído.
A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. Uma nova rodada de negociação está marcada para terça-feira, 19.
Apesar das críticas, parte dos alunos apoia a paralisação. Em assembleia no dia 24 de maio, que contou com a presença de cerca de 600 pessoas, foi aprovada a greve estudantil, em apoio ao movimento iniciado pelos professores.

Agência Brasil


Fonte: O FLUMINENSE
http://jornal.ofluminense.com.br/editorias/pais/greve-dos-professores-das-universidades-federais-complica-calendario-de-aulas

Creche UFF em Ato no Centro do Rio

A Creche UFF se mobiliza e aparece!

Na foto, a Creche UFF se faz presente na manifestação “Educação Pública: namore essa idéia” em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade, organizada por professores, servidores técnico-administrativos e estudantes das quatro universidades federais em greve (UFF, UFRJ, UniRio e UFRRJ) na terça-feira 12 de junho, no centro do Rio.


UFF suspende calendário acadêmico

O Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) decidiu acolher a decisão do Conselho Universitário (CUV) e suspender o calendário acadêmico a partir do dia 11 de junho de 2012. 

As atividades de aula que estiverem sendo ministradas por professores que não interromperam suas atividades serão reconhecidas, com lançamento de notas no período de reposição, garantido o direito dos formandos e estudantes estrangeiros em intercâmbio acadêmico. 

Quanto aos estudantes que tiverem aderido à greve, caberá à UFF a reposição de aulas e avaliações. 

Após o final da greve, os professores que tiverem interrompido suas atividades acadêmicas reporão suas aulas conforme calendário a ser definido pelo CEP. 

FONTE: http://www.noticias.uff.br/noticias/2012/06/uff-suspende-calendario-academico.php

Governo se compromete a apresentar esboço de proposta na próxima terça (19)



Depois de recuar na proposta de condicionar o avanço das negociações a uma trégua do movimento grevista, representantes do governo, em reunião realizada nesta terça-feira (12) com as entidades do setor de educação, mudaram de posição e passaram a aceitar a antecipação do prazo para o fechamento de uma proposta. Em uma reunião que durou mais de três horas, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento (SRT/MP), Sérgio Mendonça, acordou com o ANDES-SN e com as demais entidades, que na próxima terça-feira (19) haverá nova reunião na qual o governo vai apresentar um esboço de um novo plano de carreira. Até lá, a greve dos docentes continua.

“Hoje foi um dia vitorioso para o nosso movimento. Não só porque realizamos belíssimas manifestações em todo o país, como fizemos o governo mudar a posição de que não receberia categorias em greve. Também conseguimos que, pela primeira vez, ele aceitasse antecipar o prazo para finalizar as negociações. Se antes o limite era 31 de agosto, agora, há uma sinalização de que o processo esteja concluído no começo de julho”, avaliou a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa. Durante as mais de três horas de reunião, um grupo de professores da Universidade de Brasília (UnB) e do Comando Nacional de Greve (CNG) ficou em frente ao Ministério do Planejamento, como forma de mostrar que a categoria está mobilizada.

Proposta indecente
A reunião começou por volta das 18h, com o secretário Sérgio Mendonça afirmando que o governo se dispunha a apresentar uma proposta de re-estruturação da carreira docente num prazo de 20 dias, desde que a categoria desse uma trégua e saísse da greve. Também defenderam o encaminhamento o Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC), Amaro Lins, e o diretor de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica do MEC (Setec/MEC), Aléssio Barros. Argumentaram que era preciso estabelecer uma relação de confiança entre o governo e as entidades.

A proposta foi veemente rechaçada pelas entidades presentes. “Eu custo a acreditar no que ouvi. Ontem, na reunião do Comando Nacional de Greve, foi levantada essa possibilidade, mas eu não achei que seria possível. Vim hoje para essa reunião esperando que fosse apresentada uma proposta e que sairíamos daqui para virar a noite estudando o que fosse apresentado ”, afirmou a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa.

Ela lembrou que o governo foi avisado inúmeras vezes de que a categoria estava insatisfeita. “Agora, não há como negar. Estamos em uma das maiores greve já realizadas no setor, com 55 instituições paradas, sendo 50 universidades”, afirmou.

Marina argumentou que o governo não podia esperar que a categoria aceitasse dar a  trégua, pois há muito tempo que os docentes vêm dando prazos, continuamente descumpridos pelo Ministério do Planejamento.  

O 1º vice-presidente do ANDES-SN, Luiz Henrique Schuch, afirmou que a greve é fruto da compreensão da categoria de que há uma desvalorização do magistério. “Hoje temos uma carreira totalmente desestruturada”, afirmou.

O diretor do Sinasefe, David Lobão, criticou o fato de o governo condicionar o avanços das negociações à volta ao trabalho dos grevistas e argumentou que a greve, ao contrário do que diz o governo, pode levar a negociações mais rápidas, já que a categoria estará em estado de mobilização permanente. Os dirigentes do Proifes lamentaram o fato de o governo ter desmarcado a reunião no dia 28 de maio e informaram que a categoria tem decidido, em plebiscitos, pela greve.

Trégua
Depois das falas das entidades, os representantes do governo pediram um intervalo e voltaram com a proposta de realização de uma reunião na próxima terça-feira (19), em que será debatido um esboço de um novo plano de carreira. Disseram, também, que a proposta vai partir do que foi discutido na reunião do dia 15 de maio e que poderá ser utilizado como parâmetro o plano de carreira do pessoal do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Sérgio Mendonça não quis se comprometer se o piso e o teto serão o mesmo do servidores do MCT.

Os representantes do governo insistiram que as categorias dessem uma trégua e voltassem ao trabalho. Os dirigentes do ANDES-SN foram enfáticos ao afirmar que não havia como a categoria recuar. “Só podemos dar qualquer posição quando conhecermos a proposta do governo. Até porque a nossa carreira tem especificidades que não foram contempladas pelo governo”, adiantou Marina Barbosa.

O 1º vice-presidente da Regional Nordeste II do ANDES-SN, Josevaldo Cunha, perguntou aos representantes governistas se eles poderiam adiantar o teor da proposta. “Queremos saber se haverá uma preocupação de se fazer uma discussão da estrutura conceitual, para depois se chegar ao impacto orçamentário. Ou se o governo colocará um limite financeiro, que é conjuntural, a sobrepor a organização do plano de carreira”, questionou. Sérgio Mendonça respondeu, apenas, que a proposta levará em consideração toda a discussão realizada no GT Carreira.

Para o ANDES-SN, a reunião desta terça-feira marcou o início efetivo das negociações. “Entendemos que concluímos as discussões do GT. Podemos não ter chegado a um denominador comum, mas agora todas as nossas divergências e pontos convergentes ficaram claros. Vamos, então, partir para outro patamar de discussão, no qual o governo precisa objetivar suas propostas, que serão analisadas pelo movimento”, afirmou Marina Barbosa.

Fonte: ANDES-SN

A Creche UFF e a Greve das IFES


Creche UFF: uma unidade acadêmica de Educação Infantil na UFF

Inaugurada em Outubro de 1997, a CRECHE UFF é uma instituição pública federal
integrante da Universidade Federal Fluminense, situada no Campus do Gragoatá, cuja criação
é formalizada pela Norma de Serviço nº 488/98, de 21 de outubro de 1998. Até 2007, a Creche
UFF se configurava como Programa de Extensão vinculado à PROEX, quando então se tornou
o Departamento de Educação Infantil do Colégio Universitário Geraldo Reis, subordinado à
PROGRAD.

A Creche UFF se caracteriza como uma unidade universitária com identidade acadêmica:
atende aos compromissos de ensino, pesquisa e extensão, contribuindo assim para a formação em
Educação Infantil de estudantes e profissionais de diversas áreas, além de oferecer uma educação
infantil de qualidade para as crianças matriculadas na unidade.

O compromisso acadêmico da Creche UFF é comprovado por alguns números. Todos os
anos, a Creche UFF recebe entre 350 e 500 visitantes, entre estudantes e profissionais, tanto da
UFF como de outras instituições de educação básica, média e superior, para visitas guiadas.

No eixo do ensino, entendido como formação profissional, cabe esclarecer que,
anualmente, a Creche UFF recebe cerca de 20 a 40 estudantes da UFF e de outras IFES, que ali
realizam seus estágios curriculares supervisionados, principalmente dos cursos de Pedagogia. A
Creche UFF é campo de estágio obrigatório para os estudantes de Psicologia e Serviço Social da
UFF, e campo de estágio não obrigatório para estudantes de outros cursos da UFF. Desde 2008, a
Creche UFF é campo de obsrvação para as disciplinas de Graduação de Educação Física e Nutrição
da UFF. No eixo da pesquisa, a Creche UFF recebe anualmente dezenas de estudantes de
graduação e pós-graduação da UFF e de outras universidades, para realização de diversos estudos
e trabalhos de pesquisa (TCC de graduação, pesquisas de PGLS e PGSS). A Creche UFF é também
espaço de pesquisa para pesquisadores da UFF e de outras universidades, além de desenvolver
seus próprios projetos de pesquisa.

A Creche UFF é também um espaço de extensão: além dos projetos anuais de extensão da
unidade, a Creche UFF oferece possibilidades para o desenvolvimento de projetos de extensão de
outras professores da UFF; a Creche UFF é, ainda, responsável pela organização e execução de um
programa anual de formação continuada em Educação Infantil, voltado para os profissionais da
rede escolar do município de São Gonçalo, com a qual mantém um convênio. A Creche UFF
também participa dos movimentos sociais ligados à área de Educação Infantil, especialmente o
Forum Permanente de Educação Infantil do Estado do Rio de Janeiro, entre outros.

Finalmente, a Creche UFF desenvolve uma política acadêmica de produção de textos e
publicações relacionadas à Educação Infantil, destacando-se por exemplo Cadernos Creche UFF:
Textos de Formação e Prática, publicados pela EDUFF em 2011.


Por que a Creche UFF deve aderir à greve?

1 – A Creche UFF deve suspender suas atividades porque a UFF está em greve.

A Creche UFF é parte integrante da UFF.

A equipe Creche UFF é composta de docentes, servidores técnico-administrativos e alunos
da UFF, além de professores que pertencem á rede escolar municipal de São Gonçalo (e atuam
na Creche UFF em virtude de um convênio) e um pequeno grupo de funcionários contratados
e terceirizados. As três categorias da UFF (docentes, discentes e técnico-administrativos)
deflagraram uma greve unificada. Também a rede municipal escolar de São Gonçalo está em greve
há mais de 30 dias.

Vale acrescentar que a reunião do CUV de 30 de maio de 2012 aprovou a suspensão do
calendário letivo.

2 – A Creche UFF adere ao movimento grevista porque avalia que o momento político é
especialmente propício para lutar pela continuidade da existência da Creche UFF.

Não é novidade que as condições de funcionamento da Creche UFF são de uma enorme
precariedade, tanto no que diz respeito aos recursos humanos como com relação a financiamento.
A precariedade exige, tanto por parte das coordenações geral e pedagógica, como por parte da
equipe como um todo, verdadeiros malabarismos para cumprir com suas obrigações, assegurar
o bem estar das crianças matriculadas na unidade e, ainda, desenvolver o trabalho de qualidade
pelo qual é reconhecida nacionalmente.

A precariedade em termos de recursos humanos e de financiamento é resumidamente
apresentada a seguir.


  • Recursos humanos:

a) Recursos docentes:

Até hoje, completando quase 15 anos de funcionamento, a Creche UFF não conta com um corpo
docente concursado. A solução adotada para garantir um corpo de professores formados - e
assim atender à exigência da lei - se baseia em convênios com as redes escolares de municípios
próximos. Atualmente, a Creche UFF depende de um convênio firmado entre a UFF e a Prefeitura
do município de São Gonçalo, que se encerra em Abril de 2014. Por este convênio, a Secretaria
de Educação do município de São Gonçalo cede um conjunto de professores para a unidade.

A Creche UFF, por sua vez, se responsabiliza pela organização e execução de um programa anual
de Formação Continuada em Educação Infantil para os profissionais de educação da rede escolar
municipal de São Gonçalo. Vale insistir que esta solução tem um custo alto para a equipe Creche
UFF e, em especial, para o Grupo Gestor, que dedica horas de trabalho para obter a cessão de
professoras para a Creche UFF.

b) Bolsistas e estagiários

A Creche UFF, como unidade acadêmica, se caracteriza como espaço de formação profissional
em Educação Infantil. Por isso, a equipe inclui um número grande de bolsistas e estagiários, cuja
inclusão depende diretamente da elaboração e submissão de projetos anuais, por parte do
grupo gestor, em concorrência com os demais professores da UFF. Muito embora a concepção
de formação profissional da Creche UFF envolva a inserção e participação de estudantes em
atividades regulares da unidade, este processo deveria acontecer de tal modo que os estudantes
– que, vale lembrar, se encontram em formação – tenham, na equipe de educadores, referências
da prática. Isso somente é possível se existe um corpo permanente de professores atuando na
Creche UFF.

A Creche UFF depende, para seu funcionamento, de recursos oriundos da UFF e, ainda, das
famílias.

As despesas regulares asseguradas pela UFF incluem: salários dos servidores do quadro
permanente da UFF (os técnico-administrativos lotados na unidade e em outras unidades; os
docentes do grupo gestor lotados nos seus departamentos de origem), bem como de contratados/
terceirizados; bolsas variadas; e infra-estrutura e manutenção da Creche UFF (água, telefone etc).
Após a vinculação ao Colégio Universitário Geraldo Reis - COLUNI, em 2007, a Creche UFF também
passou a contar com recursos do Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI, cujo valor varia de
ano a ano.

A partir de decisões de Comissões de Pais nos anos iniciais de funcionamento da unidade, as
famílias oferecem contribuições voluntárias, sem caráter de obrigação. São elas:

a) Repasse para a Creche UFF do auxílio pré-escolar de pais docentess e técnico-
administrativos, na forma de contribuição mensal espontânea (decisão de setembro de
2002) e contribuição voluntária de pais alunos;
b) Lista anual de materiais didático-pedagógicos (proposta de 1999, tendo em vista que a
universidade não tinha condições de assegurar este item);
c) Pagamento do seguro acidente escolar.

Estes recursos eram administrados por meio de um projeto da Creche UFF registrado na Fundação
Euclides da Cunha – FEC, desde 2003 até 2011. Com a mudança de procedimentos da FEC, a partir
de Janeiro de 2012, a gestão desses recursos foi transferida para a Pró-Reitoria de Graduação
– PROGRAD, à qual estão subordinados o COLUNI e portanto a Creche UFF. As dificuldades
decorrentes das regras associadas ao uso de recursos pela administração pública são inúmeras
e vem causando sérias dificuldades para o funcionamento da Creche UFF. A título de exemplo, vale mencionar que a PROGRAD tem enfrentado dificuldades tais que não foi possível, até hoje,
contratar um seguro acidente escolar para as crianças matriculadas na unidade; tampouco a
compra de materiais didáticos tem sido fácil, considerando que, somente em maio, uma parte
apenas dos materiais solicitados foi recebida pela Creche UFF.


Pauta de reivindicações

A precariedade das condições de funcionamento da Creche UFF coloca em risco a própria
existência da Creche UFF: não é mais possível depender do esforço pessoal da equipe, para além
da esperada atuação profissional responsável.

É também relevante lembrar a Resolução Nº 1 de 10 de Março de 2011, do MEC/CNE, que
fixa normas de funcionamento para as unidades federais de Educação Infantil (em anexo). Entre
outros, esta Resolução determina que as unidades federais de Educação Infantil devem contar
com um corpo docente concursado e assegurar a gratuidade, para as famílias, do atendimento
educacional oferecido. Finalmente, a Resolução estabelecia que o prazo para o atendimento a
estas condições era Março 2012.

“Art. 1º As unidades de Educação Infantil mantidas e administradas por universidades federais,
ministérios, autarquias federais e fundações mantidas pela União caracterizam-se, de acordo com
o art. 16, inciso I, da Lei nº 9.394/96, como instituições públicas de ensino mantidas pela União,
integram o sistema federal de ensino e devem:

II – realizar atendimento educacional gratuito a todos, vedada a cobrança de contribuição ou taxa
de matrícula, custeio de material didático ou qualquer outra;

IV – garantir ingresso dos profissionais da educação, exclusivamente, por meio de concurso público
de provas e títulos;

Art 8º No exercício de sua autonomia, atendidas as exigências desta Resolução, as universidades
devem definir a vinculação das unidades de Educação Infantil na sua estrutura administrativa e
organizacional e assegurar os recursos financeiros e humanos para seu pleno funcionamento.

Art 9º As unidades educacionais de que trata esta Resolução, já em funcionamento, devem, no
prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, a contar da data de publicação desta Resolução, adotar as
medidas necessárias à observância das normas aqui contidas. (...)”


Em síntese, as reivindicações da Creche UFF são:

1. concurso público para 13 professores da carreira de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico
– EBTT:

FUNÇÃO  -  PERFIL  -  NÚMERO DE PROFISSIONAIS

PROFESSORAS - Professor EBTT: Ensino Básico, Técnico e Tecnológico -  8 de 40hs
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA  -  Professor EBTT - Ensino Básico, Técnico e Tecnológico  -  2 (40hs)
Professoras: Áreas Específicas  -  Professor de Música  -  1 de 40 horas
Professoras: Áreas Específicas  -  Professor de Educação Física  -  1 de 40 horas
Professoras: Áreas Específicas  -  Professor de Artes  -  1 de 40 horas

2. criação de uma matriz financeira específica para a Creche UFF, que passaria a funcionar
como unidade orçamentária para suprir suas necessidades de custeio e capital.


Atividades de greve

Em reunião com equipe Creche UFF e famílias ocorrida no dia 04/06/2012, foi decidida a
paralisação das atividades e propostas as seguintes atividades de greve:

- atividades com a participação de crianças, famílias e equipe, a serem planejadas na reunião de 2ª
feira próxima; o objetivo dessas atividades é dar visibilidade à Creche UFF, a precariedade de suas
condições de funcionamento e suas reivindicações.

-organização de mesas de debates sobre políticas de Educação Infantil e sobre as unidades
universitárias de Educação Infantil.

- participação maciça de todos (equipe e famílias) nas assembléias de suas respectivas categorias.

Niterói, 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

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Blog destinado à difusão de informações relacionadas à Creche UFF no contexto da Greve 2012 das IFES.